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Histórias da História de Aveiro

Mártires da
Liberdade

O dia 16 de maio, também apelidado de Dia dos Mártires da Liberdade, homenageia o grupo de homens de fação liberal que, partindo de Aveiro em direção ao Porto, tomou parte na Revolução de 1828, tendo sido, parte deles, sentenciados e mortos na Praça Nova do Porto, em 1829. Este acontecimento teve forte impacto em Aveiro. No imediato, pelo facto de terem sido colocadas as cabeças empaladas em vários pontos da cidade e, mais tarde, ao serem recolhidas no monumento funerário “aos Justiçados” erigido no Cemitério Central [1866]. Todavia, a cidade continuou a não se esquecer deles e perpetuou os seus nomes e ideais na toponímia local.

Vera Cruz

Praça Dr. Joaquim de Melo Freitas

Praça Dr. Joaquim de Melo Freitas

Dr. Joaquim de Melo Freitas
(1852-1923)

Antiga Praça do Pão e do Comércio. Atual praça evocativa de Joaquim de Melo Feitas, um liberal de grande espírito tolerante, que se destacou, na opulência da escrita, como orador e redator de vários periódicos locais como: “O Povo de Aveiro”, a “Locomotiva”, o “Campeão das Províncias” e o “Democrata”. Foi ainda Joaquim de Melo Freitas um dos mentores da edificação do Obelisco de homenagem aos Mártires da Liberdade e a José Estevão, no centenário do seu nascimento (1909), na praça que cativa o seu nome. Era familiar próximo do supliciado, Clemente da Silva Melo Soares de Freitas. Foi nesta Praça, junto aos Arcos, a 3 de maio de 1828, que se formou o Batalhão de Caçadores Dez, que logo soltou vivas a D. Pedro IV, a D. Maria II e à Carta Constitucional.

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Museu da Cidade / Imagoteca Municipal

Rua Domingos Carrancho

Rua Domingos Carrancho

Domingos Carrancho

Arruamento que começa na Praça Dr. Joaquim de Melo Freitas e termina na Praça 14 de Julho. O liberal Domingos dos Santos Barbosa Maia (?-?), de alcunha “Carrrancho”, fora tesoureiro da Alfândega de Aveiro, chefe cartista e presidente da Câmara Municipal entre 1842 a 1845. Esteve também envolvido nos acontecimentos de 16 de Maio de 1828, motivo pelo qual tivera que se exilar para escapar à perseguição miguelista.

Praça 14 de Julho

Praça 14 de Julho

Praça 14 de Julho

Antigo largo denominado das Cinco Ruas. Começa no Largo da Apresentação e termina na confluência da Rua dos Mercadores, da Rua de Domingos Carrancho e da Rua Tenente Rezende. O nome da Praça perpetua a data do episódio da Tomada da Bastilha (14 de julho de 1789), acontecimento que originou o fim do Antigo Regime em França. É ainda o Dia Nacional de França.

Rua Mendes Leite

Rua Mendes Leite

Manuel José Mendes Leite
(1809-1887)

Tem início na Praça 14 de Julho e culmina na Praça de Jaime de Magalhães Lima. Manuel José Mendes Leite (1809-1887) foi um legislador-parlamentar a quem se ficou a dever a proposta da abolição da pena de morte por crimes políticos, em 1852, aquando da promulgação do Ato Adicional à Carta Constitucional de 1826. Fez parte do Batalhão Académico, onde se alistara com José Estevão Coelho de Magalhães. Foi ainda jurista, político e jornalista ligado ao setembrismo e um dos fundadores da Revolução de Setembro.

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Museu da Cidade / Imagoteca Municipal

Rua de José Estevão

Rua de José Estevão

José Estêvão Coelho de Magalhães
(1809-1862)

Antiga Rua dos Burros, de Trás dos Mercadores, da Ponte Nova e Rua Larga. José Estêvão Coelho Magalhães [1809-1862] cursou Leis na Universidade de Coimbra tendo participado no Batalhão Académico enquanto estudante na defesa dos ideais liberais e da Carta Constitucional de 1826. Em 1836 torna-se parlamentar nas Cortes Constituintes ficando conhecido pelos seus acalorados discursos, nomeadamente na denúncia do tráfico negreiro e contra as ordens religiosas. Depois da restauração da Carta, em 1842, tornou-se adversário de Costa Cabral, abandonando as Cortes e fundando o jornal Revolução de Setembro. Regressa ao Parlamento com a Regeneração apoiando Fontes Pereira de Melo. Preocupado com o desenvolvimento da região de Aveiro a ele se devem intervenções de fundo na barra e na área portuária, bem como a passagem da linha de caminho-de-ferro (Linha do norte) por Aveiro. Colaborou com vários periódicos nacionais e integrou a Maçonaria tendo ocupado o lugar de Grão-Mestre da Confederação Maçónica Portuguesa, em março de 1862. Viria a falecer em novembro desse mesmo ano. Em 1889 é inaugurado o monumento em sua homenagem na praça em frente aos Paços do Concelho [atual Praça da República].

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Museu da Cidade / Imagoteca Municipal

Rua do Gravito

Rua do Gravito

Francisco Manuel Gravito da Veiga Lima
(1776-1829)

Antiga Rua de S. Paulo. Começa na Rua Manuel Firmino e termina na Rua do Carmo. Francisco Manuel Gravito da Veiga Lima (1776-1829) foi cavaleiro professo da Ordem de Cristo, desembargador dos Agravos na Suplicação, corregedor do cível da Corte, deputado e conselheiro de Estado por nomeação de D. Pedro IV e um dos supliciados de 7 de maio de 1829, juntamente com outros que haviam tomado parte na Revolução de 16 de Maio de 1828.

Rua do Carmo

Rua do Carmo

Rua do Carmo

Rua que teve esta denominação por nela se situar a Igreja e o antigo Convento do Carmo, construções edificadas entre 1613 e 1620. O convento da Ordem dos Carmelitas Descalços, com invocação a Nosso Senhora do Carmo, foi o quarto estabelecimento claustral da cidade. O Templo foi considerado um dos locais de delito pelo Tribunal da Alçada em 1829, pelo que nesta rua se implantou uma edificação de suplício propositadamente para o justiçado Manuel Luiz Nogueira.

Rua Manuel Luiz Nogueira

Rua Manuel Luiz Nogueira

Manuel Luiz Nogueira
(1774-1829)

Antiga Rua do Norte. Começa na Rua de S. Bartolomeu e termina na Rua do Canal de S. Roque ou Rua dos Remadores Olímpicos. Manuel Luiz Nogueira (1774-1829) foi advogado de número da Relação do Porto e Juiz de Fora de Aveiro pela Junta do Porto, foi também um dos implicados na Revolução de 16 de Maio de 1828.

Desenho de Lima de Freitas, http://deaveiroeportugal.blogspot.com/

Rua João Henriques Ferreira

Rua João Henriques Ferreira

João Henriques Ferreira
(?- 1829)

Começa na Rua de D. Jorge Lencastre e termina na Rua do Dr. António Cristo. João Henriques Ferreira Júnior (?- 1829) era à época estudante e defensor das ideias liberais, motivo pelo qual se alistara no Batalhão de Voluntários D. Pedro IV. Foi condenado à morte em 18 de Setembro de 1829 por haver tomado parte, em Aveiro, na Revolução de 16 de Maio de 1828.

Rua Sargento Clemente de Morais

Rua Sargento Clemente de Morais

Sargento Clemente de Morais Sarmento
(? - 1829)

Antiga Rua das Bestas, dos Ferradores e do Sol. Clemente de Morais Sarmento (? - 1829) pertenceu ao Batalhão de Caçadores 10, e foi um dos justiçados, na sequência da represália exercida pela Alçada do Porto. Foi também condenado à morte em 18 de Setembro de 1829 por ter havido tomado parte, em Aveiro, na Revolução liberal de 16 de Maio de 1828.

Largo do Rossio

Largo do Rossio

Largo do Rossio

Antigo campo de S. João. Neste lugar existiu a capela de S. João demolida em 1911 e a Marinha Rossia, aterrada por decisão municipal em 1851. Foi ainda local de treino militar, de suplício e de denúncia das ações de Francisco Silvério de Carvalho Magalhães Serrão e de Clemente de Morais Sarmento, ambos implicados no acontecimento de 16 de Maio de 1828.

Glória

Rua da Liberdade

Rua da Liberdade

Rua da Liberdade

Uma das ruas de confluência do Largo do Conselheiro Queiroz. Antiga Rua da Ponte que depois foi de José Luciano de Castro. Rua de tributo a um dos direitos humanos fundamentais: A liberdade.

Rua Clemente Melo Soares de Freitas

Rua Clemente Melo Soares de Freitas

Clemente da Silva Melo Soares de Freitas
(1802- 1829)

Antiga Rua da Restauração e de Leste. Artéria que começa no Cais dos Moliceiros e termina na Rua da Liberdade. Clemente da Silva Melo Soares de Freitas (1802- 1829) foi juiz de Fora na Vila da Feira e foi condenado à morte no ano de 1829, por decisão da Alçada do Porto por ter estado implicado na revolução de 16 de Maio de 1828.

Jornal de Noticias de 7-5-1979 / Col. particular

Largo Conselheiro Joaquim José de Queiroz

Largo Conselheiro Joaquim José de Queiroz

Conselheiro Joaquim José de Queiroz
(1774-1850)

Largo situado no Bairro do Alboi, na confluência da Rua 16 de Maio com a Rua Clemente de Melo Soares de Freitas. Joaquim José de Queiroz e Almeida foi chefe do movimento liberal de 16 de Maio de 1828, conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, ministro da Justiça e o caudilho que forjou, no Solar de Verdemilho, o referido movimento revolucionário. Este liberal foi ainda desembargador, deputado e avô de Eça de Queiroz.

Museu da Cidade | Imagoteca

Rua 16 de Maio

Rua 16 de Maio

Rua 16 de Maio

Tem o seu início no Cais do Alboi e termina na Rua de Magalhães Serrão. Rememora a data do início da revolução de Maio de 1828 em Aveiro e no Porto contra o Regime Absolutista em que participou um conjunto de aveirenses.

Rua dos Santos Mártires

Rua dos Santos Mártires

Rua dos Santos Mártires

Rua onde se situa a Capela dos Santos Mártires que integrava o património da Quinta dos Santos Mártires ou Quinta da Pontinha, que no seu interior acolhe três nichos no retábulo e três imagens de Santos Mártires do início do Cristianismo, em trajes de romeiros: São Veríssimo ao centro, Santa Máxima do lado do Evangelho e Santa Júlia, do lado da Epístola. Neste local, outrora, esteve instalada a Loja Maçónica dos Santos Mártires da qual faziam parte qualificados aveirenses que viriam a colaborar na realização do acontecimento de 16 de Maio de 1828.

Rua de Magalhães Serrão

Rua de Magalhães Serrão

Francisco Silvério de Carvalho Magalhães Serrão
(1774-1829)

Começa na Rua dos Santos Mártires e termina na Rua da Arrochela. Francisco Silvério de Carvalho Magalhães Serrão (1774-1829) foi Fiscal do Contrato do Tabaco na Cidade de Aveiro e um dos principais dirigentes da Revolução de 16 de Maio de 1828, tendo sido preso quando se deslocava de barco na Ria de Aveiro levando consigo muitos dos documentos que o incriminavam e vinte e cinco armas carregadas, que pertenciam ao batalhão de voluntários que comandava.

Paços do Concelho

Paços do Concelho

Paços do Concelho
(1797)

Edificado em finais do século XVIII, este edifício de traça pombalina foi palco de ações revolucionárias locais por parte dos principais implicados na Revolução de 16 de Maio de 1828. Nesta Casa Municipal prenderam o governador militar, o juiz de fora, o escrivão da Câmara, o comandante dos Veteranos e foi deposta a Vereação Municipal. Defronte deste edifício o justiçado Gravito teve os seus restos mortais expostos.

Museu da Cidade / Imagoteca Municipal

Casa dos Morgados da Pedricosa

Casa dos Morgados da Pedricosa

Casa dos Morgados da Pedricosa

Este pequeno Solar Seiscentista, situado na antiga Rua de Jesus, foi casa do Escrivão da Câmara. No século XIX foi habitada pela família do Desembargador Francisco Manuel Gravito da Veiga e Lima e sítio de várias reuniões dos liberais aveirenses.

Rua do Batalhão Caçadores Dez

Rua do Batalhão Caçadores Dez

Rua do Batalhão Caçadores Dez

Antiga Rua da Corredoura. Tem o seu início na Praça do General Humberto Delgado (Pontes) e o seu término na Praça do Milenário, atual Av. Santa Joana. O nome da rua foi atribuído em homenagem ao batalhão, que sob o comando do coronel José Júlio de Carvalho, esteve aquartelado no antigo Convento de S. Domingos (hoje já só resta a Sé), e que fora a primeira unidade militar a apoiar a causa liberal.

Cemitério Central

Cemitério Central

Cemitério Central

Inscrito na antiga cerca do extinto Convento de S. Domingos ou da Nossa Senhora da Misericórdia, para este cemitério público em Aveiro foram transladadas as cabeças dos revolucionários aveirenses, em 1836, e colocadas a 20 de fevereiro do ano de 1866 no Monumento aos Mártires da Liberdade. O monumento aos Justiçados foi mandado erigir pela Câmara presidida por Manuel Firmino de Almeida Maia para acolher os restos mortais dos aveirenses implicados neste movimento revolucionário. A 18 de junho de 1878, por sua vez, no Porto, as ossadas dos aveirenses foram igualmente transferidas para o cemitério do Prado do Repouso.

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